O desemprego no país ficou em 10,9% no primeiro trimestre, atingindo 11,1 milhões de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Mensal, divulgada em 29.04.16 pelo IBGE. A taxa é a maior da série histórica, iniciada em 2012. No último trimestre de 2015, o desemprego havia ficado em 9%, enquanto no período de dezembro a fevereiro atingiu 10,2%. O resultado para os três primeiros meses de 2016 veio dentro das expectativas dos analistas, que projetavam 10,7%, com possibilidade de chegar a 11,1%.
A taxa de desemprego acelerou com força, crescendo 3 pontos percentuais em um ano e 1,9 ponto em relação ao trimestre anterior. “A taxa está acelerando porque você tem cada vez mais pessoas na população desocupada e menos na ocupada”, explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. A população desocupada foi estimada em 11,1 milhões de pessoas, alta de 22,2% ou mais 2 milhões de pessoas procurando emprego em relação ao contingente observado entre outubro e dezembro. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 39,8%, um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. Já a população ocupada foi estimada em 90,6 milhões de pessoas e apresentou redução de 1,7%, ou 1,6 milhão de pessoas, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado, foi registrada queda de 1,5%, representando menos 1,4 milhão de pessoas.
De acordo com Azeredo, do IBGE, a perda de 1,6 milhão de pessoas na população ocupada na passagem de trimestre mostra que, no início deste ano, as dispensas foram além dos temporários contratados para as festas de fim de ano, um reflexo do aprofundamento da recessão. Essas dispensas contribuíram para elevar para dois milhões o número de pessoas que buscam trabalho, nesse mesmo período. Uma alta recorde na pesquisa.
Fonte: Jornal A Gazeta